Sabendo da importância do Dia Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho, no dia 27 de Julho, a Quimatic Tapmatic separou algumas informações básicas sobre os cuidados durante a manipulação de produtos químicos e indicação de documentos obrigatórios que instruem o profissional.
FISPQ
A FISPQ (Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos) é um documento que contém informações sobre substâncias químicas e misturas consideradas perigosas para o homem e/ou para o meio ambiente. Tais informações são essenciais para a verificação dos riscos inerentes aos produtos, para a tomada de medidas preventivas contra esses riscos e, no caso de acidentes, para a prestação de socorro às vítimas e para medidas de contenção As instruções para a elaboração da FISPQ estão definidas no Brasil na norma ABNT NBR14725 – Parte 4.
Todos os fornecedores de produtos químicos devem disponibilizar as FISPQs de seus produtos para o cliente. E o cliente, por sua vez, deve sempre consultar a FISPQ para definir a maneira correta de manuseio e utilização dos produtos.
EPI (EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL)
São equipamentos que devem ser usados pelos usuários de produtos químicos para minimizar os riscos de contaminação e/ou acidentes, como queimaduras, irritações, intoxicações, etc. Esses EPIs são sempre informados nas FISPQs. Os principais são:
– Luvas
– Óculos de Segurança
– Mascara (Proteção Respiratória)
– Capacete
– Calçado de Segurança
– Vestimenta (macacão, avental)
PRODUTOS EM AEROSSOL
Produtos envasados na forma de aerossóis são uma forma fácil, rápida, prática e limpa de aplicação, principalmente em se tratando de tintas e lubrificantes.
Geralmente, a substância utilizada como propelente é o Gás Liquefeito de Petróleo (GLP). Compactado sob alta pressão na lata, este propelente se transforma em líquido, misturando-se ao produto. Quando apertamos a válvula, a pressão no interior diminui, fazendo com que o gás se expanda com violência, empurrando o produto do frasco para fora.
Devido a esta característica, os sprays aerossóis exigem cuidados no manuseio, armazenamento e descarte. Isso porque, os propelentes apresentam altos índices de explosividade e inflamabilidade, podendo também, em alguns casos serem associados à toxicidade e reatividade, oferecendo assim riscos à saúde e ao meio ambiente.
O primeiro cuidado deve ser com a exposição do produto ao calor. Por se tratar de um gás altamente inflamável, quando mantidos em condições superaquecidas – no interior de um carro, por exemplo – os aerossóis podem sofrer aumento de pressão e explodir. Tanto é que a recomendação de armazenamento de aerossóis é sempre abaixo de 50°C.
Outro ponto que merece atenção especial é o descarte destes resíduos. Levando-se em conta suas particularidades e riscos, estes materiais não devem ser eliminados no lixo comum ou no reciclável. Seu descarte deve seguir procedimentos específicos: sempre utilizar o conteúdo da lata até o final, separar as partes plásticas da embalagem e, só então, encaminhar os aerossóis a um posto de reciclagem especializado.
É importante frisar que as latas de spray jamais devem ser abertas, mesmo quando vazias. Além do risco de explosão, os resquícios de gases no interior podem causar irritações na pele, problemas no sistema respiratório, distúrbios digestivos e alterações no metabolismo.
Para evitar que os trabalhadores de cooperativas de reciclagem tenham contato direto com produtos inflamáveis e tóxicos, é preciso submeter este material ao um pré-tratamento para a remoção dos agentes tóxicos presentes.